A Sociedade Filarmónica Alcaidense
A Banda de Música da Sociedade Filarmónica Alcaidense, fundada 1921, por um grupo de alcaidenses, Aires da Costa Matos, José Ferreira Pina, João Nunes de Brito, Joaquim Inácio Ribeiro, Jerónimo Inácio Ribeiro, Luís Augusto Godinho, Francisco Leal Peixoto, Joaquim de Sousa, Manuel de Almeida Gaspar e João Baptista, actuou, durante cerca de trinta anos, em diversas localidades, especialmente nas festas, entoando as músicas sob a batuta do mestre ensaiador.
A Filarmónica teve sede própria, a Casa do Ensaio, destruída nos oitenta do século XX, onde criteriosamente ensaiava as modas, com regulamento próprio e avisos, que ficou na toponímia alcaidense, dando o nome ao largo onde se encontrava: o Largo do Ensaio. A Casa do Ensaio, situada no lugar do actual prédio com o Nº 8, daquele largo, dotada de um palco rudimentar, servia para representações teatrais, para cinema e para quaisquer sessões públicas ou comemorações.
Em 1936, era Presidente da Filarmónica Joaquim Inácio Ribeiro, funcionário superior das Finanças aposentado, tendo servido em Moçambique e naquela data Presidente da Comissão da União Nacional no Alcaide, alcaidense que muito contribuiu para a manutenção da Filarmónica.
Até meados do século XX, a Banda, além da actuação em festividades, tocava na Praça, aos domingos, com o agrado da população, com a realização de rifas de objectos, para angariação de fundos. Na passagem dos anos, a Filarmónica tocava na Praça, pela Meia-Noite, facto que comemoravam bebendo aguardente aquecida.
A Banda foi desmembrada por acção do pároco e de alguns alcaidenses aliados ao regime do Estado Novo, que a fizeram passar, nos meados do século XX, de colectividade independente para a dependência da Casa do Povo. Alguns músicos, ciosos da sua liberdade e independência, não aceitaram a subserviência, nem o controlo da sua acção artística, puramente cultural
A Banda foi desmembrada por acção do pároco e de alguns alcaidenses aliados ao regime do Estado Novo, que a fizeram passar, nos meados do século XX, de colectividade independente para a dependência da Casa do Povo. Alguns músicos, ciosos da sua liberdade e independência, não aceitaram a subserviência, nem o controlo da sua acção artística, puramente cultural
Banda de Música da Sociedade Filarmónica Alcaidense, em 1923.
Aviso às pessoas do Alcaide sobre a Filarmónica.
João Abrantes, o último componente da Filarmónica Alcaidense.
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